O Banheiro 360° - Propósito/Histórico/Apresentação

O BANHEIRO 360° - Propósito / Histórico / Apresentação em Palestras

P ropósito : Transformar a maneira e forma como as pessoas vivem, a partir do espaço que elas ocupam. O rigem   da Startup,  O problema ...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Revista Época Negócios - Mudanças Climáticas

Reportagem da revista :

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI86762-16292,00-INFOGRAFICO+MOSTRA+OS+RISCOS+E+OS+PREJUIZOS+QUE+O+AQUECIMENTO+GLOBAL+PODE+T.html








McKinsey - Caminhos para uma economia de baixa emissão de carbono no Brasil


Resumo do relatório da McKinsey&Company divulgado para poucos recentemente, tem como objetivo identificar e quantificar o impacto e o custo de cada uma das iniciativas que podem ser conduzidas pelo Brasil para contribuir para a agenda global de mudança climática.
O Brasil é o 4º maior emissor de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, e segundo a perspectiva da McKinsey em seu relatório global, no horizonte até 2030, é também um dos 5 países com maior potencial para reduzir essas emissões.
O Brasil tem um papel de grande relevância na redução das emissões globais de gases do efeito estufa Cerca de 45 GtCO2e foram emitidas globalmente na atmosfera em 2005. De acordo com o estudo da McKinsey3 que avaliou as emissões atuais e suas projeções de evolução, até 2030 as emissões no caso base4 devem atingir 70 GtCO2e.



Em conclusão, o estudo indica que para implementar todas as iniciativas identificadas, resultando na redução de 70% nas emissões de GEE em 2030, seria necessário um gasto anual de 􀂱 5,7 bilhões associados à preservação da floresta Amazônica e um gasto crescente ao longo do tempo com as demais iniciativas, que atinge 􀂱 8 bilhões em 2030. O gasto total representa em torno de 1% do PIB do País ao longo do período. Uma parte significativa desse gasto pode ser custeada pelo mercado internacional de créditos de carbono. Nesse cálculo não incluímos as iniciativas que têm custo negativo, ou seja, aquelas cujas economias geradas são maiores que o investimento necessário.
Oportunidades de abatimento detalhadas por setor – Há oportunidades para reduzir as emissões em todos os setores, mas é no setor florestal que o impacto será maior.


A ) Geração de energia – O setor de energia é responsável por um volume significativo de emissões de carbono nos países desenvolvidos, mas no Brasil tem um excelente desempenho ambiental.
B ) Transporte rodoviário - A elevada penetração do etanol no mercado de combustíveis impacta positivamente o Brasil.
C ) Siderurgia – A perspectiva de intensa expansão da siderurgia nacional levará a um aumento significativo de suas emissões.
D ) Químico – O setor químico pode reduzir em 50% as emissões esperadas para 2030.
E ) Petróleo e gás – Atualmente as emissões brasileiras do setor de petróleo e gás são baixas em comparação a outros países, e as oportunidades de abatimento são limitadas.
F ) Cimento – O setor de cimento é o que tem perspectivas de maior crescimento das emissões entre 2005 e 2030.
G ) Tratamento de resíduos – O segundo maior potencial de abatimento entre os setores não ligados ao uso da terra está no setor de tratamento de resíduos.
H ) Edificações – O setor de edificações apresenta as oportunidades mais eficientes em custo, mas o potencial de abatimento é limitado.
DESTAQUE PARA ESTE ITEM QUE MAIS NOS INTERESSA


O setor de edificações residenciais e comerciais tem representatividade limitada no Brasil, respondendo por cerca de 1% das emissões estimadas para o caso base em 2030. No total, o setor é responsável por 8% das emissões. Essa vantagem, em relação à média global, decorre em parte do clima tropical, reduzindo a demanda de energia por sistemas de calefação e aquecimento de água. No entanto, 50% das lâmpadas utilizadas no País ainda são incandescentes, e a penetração dos equipamentos elétricos e eletrônicos nas habitações tem aumentado recentemente devido a um maior acesso a crédito pelas populações de baixa renda, o que aumenta o consumo de energia elétrica.
No caso base, as emissões brasileiras no setor crescem 43%, atingindo 36 MtCO2e em 2030.
No caso base, as emissões brasileiras no setor crescem 43%, atingindo 36 MtCO2e em 2030. Em torno de 65% das emissões são relativas ao segmento residencial, no qual 25% do consumo de energia tem como fonte a rede de energia elétrica e 75% é relativo ao GLP.
As oportunidades de abatimento das emissões no setor somam 8,5 MtCO2e, dos quais cerca de 25% são relativos a melhorias nos sistemas de iluminação e 25% relativos a trocas nos sistemas de aquecimento de água em edificações, tanto em residências como em prédios comerciais (Figura 13). As oportunidades em iluminação decorrem da troca de lâmpadas incandescentes e CFL (lâmpadas fluorescentes compactas) por LEDs com elevada eficiência elétrica. LEDs apresentam capacidade luminosa de 150 lumens por Watt (lm/W), enquanto CFLs têm 60 lm/W e lâmpadas incandescentes têm 12 lm/W.
No aquecimento de água, as oportunidades surgem da substituição de sistemas elétricos ou a gás por energia solar, podendo atingir até 85% de economia de energia. Outros 20% das oportunidades estão relacionadas com a gradual substituição de equipamentos atuais por produtos de maior eficiência energética na linha branca e em aparelhos eletrônicos, com potencial de 35% de economia de energia.
Pacotes de eficiência energética adicionam outros 20% de potencial abatimento por meio da redução da demanda por energia através de melhorias em projetos de isolamento térmico e de fluxos internos do ar em novos edifícios, utilizando materiais e técnicas mais eficientes na edificação de paredes, telhados, pisos e janelas.

I ) Agricultura – O setor agrícola é o segundo mais relevante em emissões, atrás somente do setor florestal. Há desafios nas oportunidades de redução de GEE no setor.
J ) Florestas - A maior parte das oportunidades para abatimento de GEE no Brasil está no setor florestal, e inclui a redução do desmatamento e a recuperação de áreas degradadas. No entanto, a implementação de iniciativas estruturais na região é complexa.

© McKinsey & Company
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

LOGÍSTICA REVERSA NA CONSTRUÇÃO CIVIL - DESAFIO

APLICAÇÃO DO CONCEITO DE REDE LOGÍSTICA REVERSA NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
RESUMO
A indústria da construção civil evoluiu muito, tanto no escopo da engenharia como na gestão e comercialização do seu negócio. A incorporação de conceitos da logística tradicional e da logística reversa na construção civil tende a aumentar a competitividade entre as empresas. Mas essa indústria caracteriza-se pela ampla variedade de materiais e pela grande diferenciação de processos e produtos, dificultando a implementação desses conceitos e processos. Esse trabalho discute a importância da aplicação do conceito de rede logística reversa na indústria da construção civil, tratando a reciclagem do entulho e da areia.
A reciclagem do entulho pode ser feita através de uma rede em um nível, enquanto a reciclagem da areia se baseia na estrutura de uma rede em dois níveis. O resultado da implantação de rede logística reversa pode gerar economias da ordem de 70% minimizando o desperdício e reduzindo custos.
INTRODUÇÃO
O setor da construção civil vem sofrendo grandes modificações com o avanço tecnológico,ganhando em termos de qualidade, produtividade, redução de custos e competitividade entre as empresas. A adoção de práticas de racionalização e otimização, o emprego de tecnologias de materiais e de técnicas operacionais mais aprimoradas empregadas na indústria da construção civil tem o objetivo de viabilizar empreendimentos e aumentar a competição entre as empresas do ramo.
A indústria da construção civil destaca-se pela ampla variedade de materiais que utiliza bem como pela grande diferenciação em seus processos e produtos. Por esse motivo, se faz necessário o emprego de conceitos gerenciais focando aspectos de planejamento, controle, avaliação de desempenho e custos. O ciclo planejamento- programação – execução – acompanhamento é um dos fatores crítico dessa indústria, fazendo com que o objetivo seja a apresentação de um resultado final das diversas atividades que interagem entre si, devidamente compatibilizadas, gerando produtos que caracterizam seu desempenho. Estima-se que a construção civil seja responsável por até 50% do uso de recursos naturais em nossa sociedade, dependendo da tecnologia utilizada. Pode dizer também que, na construção de um edifício, o transporte e a fabricação dos materiais representam aproximadamente 80% da energia gasta. A diversidade de materiais empregados e a grande utilização de recursos naturais mostram a importância do reaproveitamento desses na indústria da construção civil.
A reciclagem de materiais do entulho é uma das formas de se obter vantagens competitivas dentro da construção civil. Segundo Pinto (1987) e Zordan (1997), a composição do entulho proveniente de canteiros de obras, mostra que cerca de 64% do material é formado por argamassa, 30% por componentes de vedação (tijolo maciço, tijolo furado, telhas e blocos) e 6% por outros materiais, como concreto, pedra, areia, metálicos e plásticos. Estudos mostram que a produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80% em relação aos preços dos agregados convencionais e que a partir do material do entulho é possível fabricar componentes com uma economia de até 70% em relação a similares com matéria-prima não reciclada.
Em alguns países como EUA, Japão, França, Itália, Inglaterra e Alemanha a reciclagem de entulho já se consolidou, com centenas de unidades instaladas.
Segundo Barros et al (1998), na Holanda, 70% do desperdício da construção já é reciclado e o governo pretende aumentar esse valor para 90%. No Brasil, o reaproveitamento do entulho ainda é restrito, sendo utilizado basicamente como material para aterro e, em muito menor escala, à conservação de estradas de terra.
O objetivo desse trabalho é mostrar a importância da aplicação do conceito de rede logística reversa na indústria da construção civil, enfatizando a reciclagem do entulho e a reciclagem da areia.
A LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A indústria da construção evoluiu muito nas últimas décadas, tanto no escopo da engenharia como no modelo e comercialização do seu negócio. Devido a grande concorrência no setor da construção civil, as empresas estão em busca da eficiência tanto técnica quanto econômica.
Porém, nota-se que essa evolução se fez de forma adjacente à evolução da tecnologia da informação e de ferramentas de gestão incorporadas no setor da construção civil. O uso de conceitos de gestão se torna baixo quando comparado com outras cadeias produtivas como, por exemplo, nas empresas do setor industrial. A construção necessita de agilidade nas informações e de meios disponíveis e seguros para a tomada de decisões. É nesse contexto que cresce a importância da logística. A análise das variáveis da logística nas obras de construção civil possibilita a caracterização dos problemas enfrentados por essa indústria,sendo possível selecionar um conjunto de técnicas mais adequadas que podem ser empregadas nesse ambiente, visando a otimização de processos tanto diretos como reversos e redução de custos.
Com o aumento da competitividade entre as empresas, elas viram a necessidade imediata de adoção de técnicas de produção ao menor custo possível, mantendo a qualidade acima de tudo. Segundo Cardoso (1996), a racionalização da produção pode ser vista como a representação de fontes e mecanismos de eficiência, tento em vista as variáveis presentes no mercado e a capacidade de analisá-las, formalizá-las e operacionalizá-las em ferramentas e métodos de organização, gestão e em tomadas de decisão. O setor de compra é uma das atividades que mais se têm gastos dentro de um empreendimento. Dependendo do porte da obra, uma edificação aponta 40% de gastos com materiais de construção, podendo chegar a 50%.
De acordo com Lalt (2003b), outros problemas encontrados na construção civil são aqueles relativos aos fluxos físicos de materiais e produtos processados e aos fluxos de informações.
A falta de planejamento detalhado do arranjo físico do canteiro estabelecendo os fluxos dos principais materiais, a eliminação de fluxos desnecessários, a otimização dos estoques, a mecanização das atividades de movimentação interna do canteiro levam a perdas e desperdícios.
Para facilitar a aplicação do conceito de logística na indústria da construção civil, foi proposta
a divisão da logística em logística externa e logística interna. Segundo Cardoso (1996), a logística externa é a logística de suprimentos e a logística interna é a logística do canteiro.
Essa subdivisão pode facilitar a identificação das principais atividades de logística associadas a uma obra.
A logística de suprimentos trata da previsão de recursos materiais e da mão de obra que serão utilizados na obra. Além disso, engloba o planejamento e processamento das aquisições, as interfaces com os fornecedores, o transporte de recursos até a obra e a manutenção de recursos materiais previstos no planejamento.
Já a logística do canteiro trata da gestão dos fluxos físicos ligados à execução de tarefas;gestão dos fluxos de informações; gestão da interface entre agentes que interagem no processo de produção (empreiteiros, fornecedores), mão de obra terceirizada, movimentação interna e definição dos locais para estocagem de materiais.
É importante ressaltar que esses processos não podem ser adotados de forma independente, e sim de forma complementar e integrada para que se consiga benefícios conjuntos e não isolados. Para isso existem técnicas e conceitos que já são utilizados na indústria de bens manufaturados, como por exemplo, o JIT (Just in time), o MRP II (Manufaturing Resources Planning) e a logística reversa.
O JIT (Just in time) e o MRP II (Manufaturing Resources Planning) são técnicas utilizadas no sistema de administração de produção, que tem como objetivo planejar, controlar, coordenar e integrar o processo de manufatura (fornecedores – empresa –produção - cliente). A produção just – in – time, ou produção no momento certo procura obter flexibilidade para o atendimento
de alterações na demanda, através do fluxo contínuo de materiais. O JIT quando aplicado à construção civil tem como objetivos a eliminação de estoque, flexibilidade, produção em pequenos lotes, produção puxada, e por fim a integração externa e interna fortalecendo a relação fornecedor/cliente. Além desses elementos, existem outros que caracterizam o sistema de administração de produção do just in time, como por exemplo, a eliminação dos defeitos no processo de produção, diversificação da capacidade com emprego de mão de obra multifuncional, manutenção preventiva, revisão constante dos projetos, layout compacto,entre outros.
Em relação à logística reversa a aplicação dos conceitos na construção civil se mostra importante, pois, hoje, ela ocupa um espaço importante na operação logística das empresas,quer pelo potencial econômico, quer pela sua importância para a preservação de recursos e do meio ambiente.Segundo Lalt (2003a), a logística reversa agrega custos às operações, portanto,essa atividade deverá ser cada vez mais estudada e aperfeiçoada pelas empresas. De acordo com Fortes et al (2004), para a implantação da logística reversa é necessária a criação de novos postos de trabalho para o recolhimento dos produtos descartados, para a separação dos materiais e o seu beneficiamento, permitindo a reutilização destes materiais como insumos na manufatura de novos produtos acabados.
De acordo com Lacerda (2002), dependendo da atividade que está sendo feita, existem fatores críticos que podem influenciar o gerenciamento da cadeia logística reversa. Esses fatores variam desde bons controles de entrada, passando pelos processos padronizados e mapeados,redução dos tempos de ciclo, implantação de sistemas de informação, planejamento da rede logística e relações colaborativas entre clientes e fornecedores. As práticas avançadas de logística reversa requerem um planejamento adequado, que vise a amplitude do processo e o resultado final. Os mesmos conceitos de planejamento do fluxo logístico direto tais comoestudos de localização de instalações e aplicações de sistemas de apoio à decisão
(roteirização, programação de entregas etc.) deverão ser aplicados na logística reversa.
Na indústria da construção civil, a implantação da logística reversa está um pouco distante deacontecer na sua forma plena, já que ainda existem problemas na implantação da logística dos fluxos diretos.Mesmo com o surgimento de novas demandas no mercado da construção civil,a busca por sistemas e processos construtivos que geram menor impacto ao ambiente urbano está cada vez maior. A importância da implantação de processos para gestão e reciclagem de resíduos de construção, até técnicas mais avançadas para a geração e conservação de energia, coleta de águas pluviais e sistemas para garantir a qualidade do ar no interior das edificações estão sendo observadas pelos construtores em busca de melhor qualidade do empreendimento.
Os conceitos da logística reversa e a caracterização das redes reversas podem ser aplicados na indústria da construção civil. Umas das dificuldades encontradas é separar os componentes de uma obra quando esta foi demolida ou não está sendo mais utilizada. Segundo Ângulo et AL(2003) e Hendriks (2000), apud John, Ângulo e Agopyan (2003), o processo de demolição das obras não é seletivo, gerando um resíduo de construção e demolição como um misto de concretos, alvenarias, revestimentos e outros. Esta mistura reduz as possibilidades de utilização do resíduo como produto reciclado. No presente trabalho o destaque será na reciclagem enfatizando a reciclagem do entulho e mostrando um estudo de uma rede reversa em dois níveis para a reciclagem da areia.

O USO DE REDES REVERSAS NA RECICLAGEM DE ENTULHO
O entulho, segundo Levy e Helene (1997) é definido como sobras ou rejeitos constituídos por todo material mineral oriundo do desperdício inerente ao processo construtivo adotado na obra nova ou de reformas ou demolições. A sua ocorrência no meio urbano o define como um resíduo sólido urbano e sua constituição pode ser variável em função de sua origem. O entulho pode ser originado basicamente de três formas: de novas construções, de reformas e de demolições e o destino final deve ser de responsabilidade do quem o gerou.
De acordo com a Resolução CONAMA 307 de 05 de Julho de 2002, que estabelece diretrizes,critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, considera que osgeradores de resíduos da construção civil devem ser responsáveis pelos resíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos.
Segundo Miranda e Selmo (1999), as grandes perspectivas para a reciclagem de entulho de construção civil são a construção de centrais de reciclagem, que possam produzir argamassas,concretos e pré-fabricados em volumes compatíveis à velocidade de geração de entulho nas grandes cidades, mas que garanta um nível mínimo de controle tecnológico produzindo materiais com desempenho adequado.
A tabela 1 mostra, segundo Pinto (1987) apud Zordan (1997), a composição do entulho
proveniente de canteiros de obras.

Tabela 1 – Composição Média dos Resíduos de Construção
ELEMENTO %
Argamassas 63,67
Tijolos Maciços 17,98
Telhas, lajotas, etc 11,11
Concreto 4,23
Bloco de Concreto 0,11
Ladrilhos de concreto 0,39
Pedras 1,38
Cimento – amianto 0,38
Solo 0,13
Madeira 0,11
papel e matéria orgânica 0,20
FONTE: Pinto (1987) apud Zordan (1997), p. 5.

A argamassa é o elemento com a maior porcentagem na composição média dos resíduos da
construção civil, sendo equivalente a 63,67%. Mas um estudo desenvolvido por Miranda e Selmo (1999) mostra que trabalhos nacionais que se referem ao entulho reciclado em
argamassas são poucos e foram desenvolvidos por Pinto (1986), Hamassaki et al (1996), Silva et al (1997) e Levy (1997). O estudo desenvolvido por Miranda e Selmo (1999) mostrou queas argamassas que continham maiores teores de bloco de concreto destacaram-se por um ligeiro aumento no consumo de entulho, mas para um custo praticamente constante e igual ao das argamassas com as quatro composições de entulho estudada. Eles concluíram que os principais benefícios da utilização de entulho para a fabricação de argamassas podem ser os reflexos ambientais e sociais pela redução de lixo urbano a partir da evolução das usinas de reciclagem do ponto de vista técnico e econômico.
A Resolução CONAMA 307 de 05 de Julho de 2002 estabelece que são considerados resíduos da construção civil os tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais,resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhosde obras, caliça ou metralha complementando a tabela 1 citada anteriormente.

CONCLUSÕES
A aplicação dos conceitos de logística já está bem consolidada quando se refere à cadeia de suprimentos tradicionais em empresas manufatureiras. No caso da indústria da construção civil isso não ocorre. A incorporação de conceitos da logística tradicional e da logística reversa na indústria da construção civil pode auxiliar no desenvolvimento de empresas mais competitivas. A crescente preocupação com a questão ambiental está forçando a busca por processos e resultados que possam melhorar o relacionamento entre os elementos da cadeia de suprimentos no sentido do fluxo reverso. O conceito de rede logística reversa, incluindo o processo de reciclagem está recebendo uma atenção especial de pesquisadores que vêem a necessidade de reaproveitar a grande quantidade de materiais utilizados na construção civil.
As redes reversas, quando bem implementadas auxiliam na diminuição dos desperdícios e na minimização de custos. O trabalho apresentou duas abordagens para o problema de redes logísticas reversas na construção civil. Para o caso da reciclagem de entulho a rede é deapenas um nível e para o caso da reciclagem de areia, onde a rede é de dois níveis. A reciclagem do entulho produzido na construção civil pode ser uma alternativa viável para suprir a necessidade de produção de materiais com qualidade e com um preço mais acessível.
Os estudos apresentados podem ser aplicados em outros materiais como, por exemplo,
plásticos, materiais cimentícios, madeiras, materiais cerâmicos e metais. No caso da madeira,a aplicação da rede em dois níveis seria mais adequada, já que o material, na maioria das vezes se encontra pintado, tendo que passar por algum local de tratamento antes de ser reciclada. No caso das telhas, que correspondem a 11,11% da composição do entulho gerado, a aplicação de uma rede logística reversa de um nível se mostra mais adequada. As telhas retornam na rede passando pela usina de reciclagem podendo ser britada e reaproveitada como agregado não estrutural.

Janaina Antonino Pinto
Orlando Fontes Lima Júnior
LALT – Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes
DGT – Departamento de Geotecnia e Transporte
FEC – Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

Cidade Universitária “Zeferino Vaz”
Barão Geraldo-Campinas - SP
Fone/Fax (19) 3788 2346
Site www.unicamp.br/~lalt
E-mail: lalt@fec.unicamp.br

Trafego aéreo Mundial - Mudança Climática

Imaginem quanto de CO2 é despejado na atmosfera a cada dia com todo este trafego?

Um grupo de estudantes da Zurich School of Applied Sciences criaram uma impressionante simulação do tráfego aéreo mundial. Eles condensaram 24 horas em um vídeo de 72 segundos. Como fonte de informação para as partidas e chegadas os estudantes usaram o site FlightStats.


Observatório do Clima


“Um dos grandes desafios no combate ao maior problema ambiental da história da humanidade, a mudança global do clima, é o da informação.”

Governantes bem informados, instituições conscientizadas e sociedade preparada são condições fundamentais para qualquer país enfrentar e se adaptar a mudança que já está em curso:
o aquecimento exagerado do planeta.

Paulo Moutinho

Mensagem


Na história das espécies terrestres prevaleceram aquelas que aprenderam a colaborar e a improvisar com mais eficácia, ou seja, não é a espécie mais forte que sobrevive, tampouco a mais inteligente e sim, a mais adaptável às mudanças.
Charles Darwin

AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA - ACV

Costumam dizer que é do "berço ao tumulo"
A Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) é uma metodologia que permite compilar os fluxos máximos e energéticos de entrada e saída, e avaliar os potenciais impactos ambientais associados a um produto/processo ao longo de todo o seu ciclo de vida (ISO 14040).
O ciclo de vida inclui todos os estados consecutivos e interligados de um produto/processo, desde a extração das matérias-primas ou transformação de recursos materiais, até à deposição final no ambiente (desde o “berço” ao “túmulo”). A aplicação mais significativa da ACV é como instrumento de apoio à tomada de decisões em áreas como: inovação, regulamentação (industrial, ambiental), estratégias e políticas.
Genericamente o objectivo da ACV é determinar as cargas ambientais associadas a um dado bem ou serviço (Produto, ou Processo) identificando e quantificando o uso de matérias primas, consumos energéticos e descargas de resíduos no Ambiente, com o intuito de determinar o seu impacto (incidência, carga) e avaliar e implementar medidas práticas de melhoria ambiental. Estes cálculos são feitos para todo o ciclo de vida do processo ou produto que envolvam:

• extracção de recursos naturais
• processamento de matérias-primas
• produção, transporte e distribuição dos produtos
• uso, reutilização, manutenção
• reciclagem e destino (ou eliminação) final

A operacionalização desta metodologia consiste (ver Figura 1) em quatro fases (componentes):

• Objectivo e Âmbito
• Inventário de Ciclo de Vida (fase LCI)
• Avaliação de Impactos de Ciclo de Vida (fase AICV)
• Interpretação

Nestas condições numa ACV todos os fluxos (materiais, energia, emissões gasosas, líquidas, sólidas, etc।) correspondentes a uma dada unidade funcional que atravessam a fronteira do sistema em estudo são contabilizadas para todo o ciclo de vida do processo/produto (“from craddle-to-grave”)। Deste inventário resulta uma quantidade muito grande de dados numéricos (fase LCI) os quais, para serem manipuláveis e interpretáveis têm de ser agrupados (através de factores de equivalência adequados – fase AICV) em cargas ambientais globais, também designadas por categorias de impacto (aquecimento global, depleção da camada de ozono, eutrofização, depleção de energia, etc।). Os seus valores poderão opcionalmente ser subsequentemente ponderados ou agregados num valor único (Índice ambiental).


Passos mais significativos numa rotina simplificada de cálculo manual de uma ACV.

fonte:F. Antunes Pereira - DAO/UA, Maio 2005

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Conceito ACV: Construção sustentável

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• Avaliação de produtos e serviços do ponto de vista do meio ambiente com relação a: extração, beneficiamento e uso de matérias-primas; energia e água; emissão de poluentes, geração de resíduos e tratamentos; transporte e distribuição; manutenção, reutilização, reciclagem e disposição final; considerando o planeta como consumidor final.

Eng. Marcos Casad0 – curso Anab 2008