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quinta-feira, 5 de março de 2009

Amazonas desenvolve projeto para produzir telhado ecológico de qualidade e baixo custo


Manaus - Com o apoio do Programa Pappe Subvenção, empresa do Amazonas busca aumentar a qualidade da telha ecológica produzida a partir da reutilização de garrafas PET e reduzir em até 60% os custo de construção de um telhado. Imagine construir um telhado de uma casa com um produto de qualidade e durabilidade comprovadas em laboratório, que ao mesmo tempo contribui para a preservação do meio ambiente e custa 60% menos que o valor de um telhado convencional. Isso é o que a empresa amazonense Telha Leve – LM da Amazônia pretende desenvolver com o projeto “Inovação de processos de reciclagem de garrafas PET (Politereftalato de etileno) para aplicação em sistemas de cobertura ecológica”, com financiamento do Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Micro e Pequenas Empresa (Pappe Subvenção Finep AM), primeira edição (2008).
O programa, que consiste em apoiar, com recursos financeiros não-reembolsáveis, micro e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores, é desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com apoio da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sect), da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan), da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM).
Para o proprietário da empresa, Luis Antonio Pereira Formariz, a questão da reciclagem é importante em todo o mundo, e o Brasil está atrasado nesse campo. “Por conta desse atraso, a nossa empresa, que é a única no País a trabalhar o telhado ecológico, procura transformar o que seria lixo em um produto útil. Para isso, mantemos cerca de 40 pontos de coleta de garrafas PET, em Manaus nos quais procuramos fazer a coleta seletiva para obter um material limpo, puro e o mais importantes proporcionando um retorno social importante”, revela Luis.
Atualmente a empresa recolhe, apenas por meio da coleta seletiva, aproximadamente 13 toneladas de garrafas PET por semana, material que seria despejado no meio ambiente, mas que é transformado em telhas de plástico e tubos de rede esgoto similar ao PVC.
Para produzir a telha leve ou telha ecológica, a empresa promove o processo inverso ao necessário para se obter a telha de barro produzida com argila. “Ao invés de degradar o meio ambiente para conseguir a matéria prima, a empresa está contribuindo para a preservação do mesmo, retirando Pets que levariam anos para se decompor na natureza e que prejudicariam o meio ambiente em diversos aspectos”, ressalta o consultor Edmar Lopes Magalhães, da Seplan, que esteve na empresa juntamente com os consultores da Fapeam durante a visita técnica realizada pelo Comitê Gestor do Programa Pappe Subvenção para acompanhar a aplicação dos recursos já liberados para a execução do projeto.
PAPPE
O Pappe está contribuindo em duas áreas importantes da empresa, uma delas diz respeito ao aumento da qualidade do produto. Para isso amostras foram enviadas a uma universidade de São Paulo para a realização de testes. “A necessidade de analisar e ampliar a qualidade do produto é fundamental para que a telha tenha uma vida útil mais longa e garanta aos usuários os mesmos resultados obtidos com outros materiais. Hoje é mais econômico para nós executar alguns testes de durabilidade, resistência e flexibilidade na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar- SP), mas alguns estudos também serão feitos em Manaus”, explica o proprietário da empresa.
A outra vertente do projeto, que está dependendo da assinatura de um convênio com a Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (UniSol/Ufam), prevê o desenvolvimento de um telhado para casas populares. A proposta é acabar com a estrutura pesada do telhado e conseqüentemente, baixar o custo final da cobertura pronta, substituindo telhas de barro e madeira por uma estrutura metálica, cabos de aço e a telha leve.
Mesmo antes da assinatura do convênio, a empresa já se antecipou e expõe diversos experimentos que mostram a idéia. A expectativa é quem, no futuro, o interessado compre um telhado informando o tamanho da cobertura e a empresa vai entregue o produto acabado em módulos, de acordo com a necessidade de cada cliente e até 60% mais barato. O preço de um telhado que atualmente chega a R$ 10 mil nos padrões atuais, por exemplo, cairia para R$ 3,5 mil.
“Esse projeto está sendo imprescindível tanto para a melhoria da qualidade do produto final quanto para a possibilidade de ampliação de clientes interessados num produto mais barato. Nosso maior interesse hoje é viabilizar um produto para que possamos contribuir com a construção de casas populares”, finaliza Luiz Formariz.
As visitas técnicas às empresas que recebem financiamento do Pappe/Subvenção continuam nesta semana em Itacoatiara e no Careiro, ambos municípios do interior do Amazonas.
Ulysses Varela – Agência Fapeam
fonte: CONFAP - Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo e Pesquisa

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